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Por que a obediência?

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Por que a obediência?

Como é possível que tantos homens, tantas cidades, tantas nações suportem às vezes um único tirano que apenas tem o poder que eles lhe atribuem, que não tem a possibilidade de lhes causar dano, ao qual, se quisessem, poderiam resistir, do qual não poderiam sofrer nenhum mal, se não preferissem sofrer tudo o que ele lhes queira infligir em vez de o contradizer?

É verdadeiramente surpreendente (e, de certa forma, tão comum, que antes temos de lamentar do que nos espantar com ela) ver milhões e milhões de homens miseravelmente subjugados e submetidos, de cabeça baixa, a um jugo deplorável; e não porque sejam obrigados a isso, graças a uma força irreversível, mas porque são fascinados e, por assim dizer, enfeitiçados pelo único nome de um, que não deveriam temer, já que é único, nem adorar, já que é diante deles – desumano e cruel.

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Espantar-se com a servidão voluntária é supor que a liberdade é possível

Temos aqui a questão mais subversiva de todas, (…): espantar-se com a servidão voluntária é supor que a liberdade é possível. E também institui um corte radical com a sociedade de liberdade para a servidão, mas o brutal desencontro faz com que o antes da liberdade entre em colapso na posterior servidão. Além disso, os mesmos homens que se curvam diante do tirano mostram o maior heroísmo na guerra: é impossível chamá-los covardes. A vontade de ter?

A renúncia à liberdade para possuir em tranquilidade seria concebível, mas não é o caso: pessoas pobres e miseráveis, povos insensatos, nações teimosas no seu mal e cegas no seu bem: vocês deixam que vos tomem (…) o mais belo e o mais claro das vossas rendas; deixam que pilhem os vossos campos? Que devastem as vossas casas e que vos despojem dos velhos móveis dos vossos ancestrais? Vocês vivem de tal modo que nada mais vos pertence.

De acordo com La Boétie, “A fonte da dominação liga-se ao desejo existente em cada um de se identificar com o tirano ao fazer-se senhor de um outro“. O Um-Nós, portanto, faz o tirano. A servidão voluntária repousa numa dupla cadeia.

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