PUBLICIDADE Integração Político-Regional na União Africana Os líderes africanos logo perceberam a necessidade de implementar ações conjuntas com o objetivo de proporcionar melhores condições para os novos Estados africanos. Concentraram-se, assim, na promoção de instituições capazes de impulsionar o desenvolvimento econômico e criar condições de vida mais humanas para as populações nativas. Esse projeto foi impulsionado por uma série de mudanças institucionais, como a adesão da ONU e a Conferência de Bandung, entre outras. Foi nesse contexto que surgiram a UA, a SADC e a NEPAD. A UA (União Africana) pretendia dar continuidade aos objetivos da OUA, mas com uma estrutura mais enxuta: um governo central e um parlamento, seguindo o modelo proposto por Kwame Nkrumah na década de 1960. Um dos projetos da UA era a NEPAD (Nova Parceria para o Desenvolvimento da África), que visava colocar em prática a visão pan-africanista dos líderes africanos de cooperação entre os países africanos, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável do continente. Essa era uma visão de longo prazo, baseada na parceria entre os países africanos, que estrategicamente mobilizaria os recursos africanos para a criação de riqueza, com funções de planejamento e organização desenvolvidas de forma sincronizada com a integração de recursos, implementação, avaliação e controle de programas pelos próprios africanos. Na perspectiva de Ribeiro, a integração regional na África só seria possível com estabilidade política e segurança, permitindo assim a criação de instituições democráticas e a promoção do desenvolvimento. A NEPAD, considerando esse fato, destacou as condições necessárias para o desenvolvimento da África em dois pontos principais: a) a paz, segurança, democracia e boa governação política; b) a boa governação econômica e corporativa. Artigos “Filosofia Política”