A filosofia moderna teve início no início do século XVI e se estendeu até o final do século XVIII, um período marcado por uma riqueza de acontecimentos políticos
A filosofia moderna teve início no início do século XVI e se estendeu até o final do século XVIII, um período marcado por uma riqueza de acontecimentos políticos
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ToggleA filosofia moderna teve início no início do século XVI e se estendeu até o final do século XVIII, um período marcado por uma riqueza de acontecimentos políticos, como o declínio do significado político do império e do papado, o surgimento das potências nacionais, começando pela Espanha e passando pela França, Inglaterra, Holanda e outros países, a contestação do poder absoluto dos soberanos e a introdução dos governos constitucionais, entre outros eventos.
A época moderna, em si, apresenta três características fundamentais:
a) a libertação do Homem em relação às explicações teológicas da realidade, por meio da razão;
b) a libertação do Homem dos regimes ditatoriais, através da democracia;
c) a libertação do Homem da dependência da Natureza, através da técnica.
Essa emancipação do Homem permitiu aos filósofos pensar sem a necessidade de obedecer a regras previamente estabelecidas, como ocorria na época anterior, resultando em uma pluralidade de visões sobre os temas tradicionais da Filosofia política.
Nicolau Maquiavel (1469 – 1527) viveu em Florença durante o período dos Médici, testemunhando com apreensão a instabilidade da vida política em uma Itália dividida em principados e condados, cada um com sua própria milícia.
Com o declínio do império cristão e enfraquecimento do poder político do papado, surgiram fora da Itália os Estados nacionais, enquanto na Itália predominavam as repúblicas e senhorias. Estes eram regimes orientados para a liberdade e focados principalmente no bem-estar material dos cidadãos, em detrimento do bem-estar espiritual.
A fragmentação do poder tornava a Itália uma presa fácil para outros povos estrangeiros, especialmente franceses e espanhóis. Maquiavel, que aspirava por uma Itália unificada, delineou no livro “O Príncipe” a figura de um príncipe capaz de promover um Estado forte e estável.
Partindo do pressuposto de que os homens, em geral, seguem cegamente suas paixões, esquecendo-se mais rapidamente da morte do pai do que da perda do patrimônio, Maquiavel destacou as paixões predominantes como a ambição, o desejo de prazeres, a preguiça, a vilania, a duplicidade e a insolência.
Portanto, tornava-se imperativo que o governante da república elaborasse leis considerando que todos os homens são maus e agem sempre com malícia em todas as oportunidades.
O príncipe deveria impor-se mais pelo temor do que pelo amor para alcançar seus objetivos de preservar sua vida e a do Estado. No entanto, Maquiavel advertiu que o príncipe não deveria negligenciar sua reputação.
Escrito em 1513, “O Príncipe” de Maquiavel tornou-se popular e foi alvo de inúmeras interpretações. Acredita-se que Maquiavel fosse apologista do absolutismo e do completo imoralismo, pois afirmava que “é necessário que um príncipe, para se manter, aprenda a ser mau e que se valha ou deixe de se valer disso segundo a necessidade”. No entanto, contrariamente à interpretação de Rousseau, trata-se de uma sátira, sendo a verdadeira intenção de Maquiavel o desmascaramento das práticas despóticas, ensinando como defender-se dos tiranos.
Alguns estudiosos de Maquiavel defendem a necessidade de desfazer o mito do maquiavelismo para compreender melhor sua obra. Na linguagem comum, chama-se pejorativamente de “maquiavelismo” a uma pessoa sem escrúpulos, astuciosa, que utiliza todos os meios possíveis ao seu alcance, incluindo a mentira e a manipulação.
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