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A Filosofia Política na Idade Média

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A Filosofia Política na Idade Média

Durante a Idade Média, a Filosofia Política foi influenciada principalmente pela visão teológica e religiosa, especialmente no contexto do pensamento cristão. Santo Agostinho foi um dos principais filósofos desse período, cuja obra “A Cidade de Deus” abordou a relação entre a Cidade de Deus e a Cidade Terrena.

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Santo Agostinho

Santo Agostinho, em sua obra “A Cidade de Deus”, apresenta sua doutrina política que divide o mundo em duas esferas: a Cidade de Deus e a Cidade Terrena. Para ele, a Igreja representa a Cidade de Deus, embora essa representação não se aplique a todos os seus membros ou ministros sagrados.

Já o Estado é visto como a encarnação da Cidade Terrena, uma necessidade decorrente do pecado original. Na visão de Santo Agostinho, o homem é considerado mais divino do que o Estado, pois possui um propósito natural que transcende as questões terrenas.

Ele defende a existência da autoridade política para manter a paz, a justiça, a ordem e a segurança na sociedade. A autoridade política é vista como um presente divino aos seres humanos, e, portanto, os cidadãos devem obedecer às autoridades e não lhes cabe julgar se os governantes são justos ou injustos.

Sua obra “A Cidade de Deus” é reconhecida como o primeiro tratado da filosofia do direito e da teoria política.

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São Tomás de Aquino

São Tomás de Aquino, em sua obra “Do Governo dos Príncipes”, reflete o pensamento político do filósofo. Ele discute a origem e a natureza do Estado, as diferentes formas de governo e as relações entre o Estado e a Igreja. Aquino rejeita a concepção agostiniana de que a origem do Estado está ligada ao pecado original e concorda com Aristóteles, defendendo que o Estado surge da natureza social do Homem e não das limitações individuais.

Para Aquino, o Estado é uma sociedade perfeita, pois consiste na união de diversos indivíduos que buscam um objetivo em comum. Essa sociedade é considerada perfeita porque tem como finalidade o bem comum e os meios necessários para alcançá-lo, proporcionando um modo de vida que atenda às necessidades de todos os cidadãos.

Em relação às formas de governo, Aquino não propõe uma forma original, mas retoma a divisão aristotélica, considerando a monarquia absoluta como o governo ideal. Na prática, ele vê a monarquia constitucional como a melhor forma de governo.

Quanto à relação entre o Estado e a Igreja, Aquino argumenta que, sendo o Estado uma sociedade perfeita, ele possui autonomia, mas, como a meta da Igreja é o bem sobrenatural, esta é superior ao Estado, que se preocupa exclusivamente com o bem comum terreno. A Igreja, por ser uma sociedade mais perfeita, deve ser superior ao Estado em tudo o que diz respeito ao fim sobrenatural do homem.

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