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Lógica e Argumentação – na Filosofia

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Lógica e Argumentação

A questão da mortalidade humana, a origem do universo, nossa origem e destino, a eficácia da democracia como forma de governo e o significado da liberdade no mundo contemporâneo são indagações profundas que desafiam a mente humana.

São perguntas que não apenas nos instigam a refletir, mas também nos impulsionam a buscar respostas. Nesse processo, desenvolvemos argumentos que podem ser verdadeiros ou falsos, persuasivos ou não, e às vezes até enganosos. Reconhecemos que erramos não apenas por falta de informação, mas também devido a falhas em nosso próprio raciocínio.

É aqui que a lógica desempenha um papel crucial. Por meio dela, somos capazes não apenas de distinguir entre argumentos válidos e inválidos, mas também de entender por que alguns são corretos e outros não.

Este é um tema que merece destaque, não só no âmbito da disciplina de Português, mas também na esfera da filosofia. Nossa intenção é recordar alguns aspectos relevantes que podem enriquecer nossa compreensão dessas questões profundas.

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Em que consiste a argumentação?

O ato de argumentar consiste em apresentar razões ou argumentos que apoiem ou refutem uma determinada tese. Essa atividade envolve tanto o pensamento quanto a expressão verbal, exigindo a produção de proposições, enunciados, teses e opiniões que demandam justificações e provas demonstrativas.

Enquanto é objeto de estudo da lógica, a argumentação também é um ato de comunicação no qual o interlocutor não apenas expõe suas ideias ou opiniões sobre determinados assuntos, mas também busca compartilhá-las com seu público-alvo, com o objetivo de persuadir e convencer.

Assim, a argumentação é um ato comunicacional que utiliza tanto um discurso argumentativo quanto a retórica (a arte de bem falar e argumentar). O discurso filosófico, por sua vez, é um tipo de comunicação que emprega raciocínios argumentativos.

Em suma, na argumentação, a produção de proposições ou enunciados está intrinsecamente ligada a princípios e regras lógicas, o que nos permite aprender a argumentar de forma coerente e, consequentemente, correta. Portanto, a Filosofia se interessa pela argumentação, uma vez que esta é matéria de investigação e reflexão e também a forma particular de seu discurso.

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Qual é a diferença entre a argumentação e a demonstração?

A argumentação e a demonstração são conceitos distintos, embora ambos estejam relacionados à apresentação de raciocínios e evidências.

A argumentação, como vimos, é um discurso que visa compartilhar e expor argumentos com um público-alvo, com o objetivo de persuadir. Nesse contexto, a argumentação é comunicativa e persuasiva, diferenciando-se da demonstração. Na argumentação, ao fornecer argumentos, estamos envolvidos em um diálogo comunicativo, buscando persuadir um público-alvo e esperando sua adesão. É um ato pessoal dirigido a indivíduos.

Por outro lado, a demonstração é um processo principalmente impessoal, cuja validade depende das deduções realizadas. É um processo independente do sujeito ou orador e diz respeito à validade de uma conclusão que decorre das premissas com as quais se relaciona.

A lógica é a área da filosofia que estuda os argumentos demonstrativos; seu objetivo é compreender e demonstrar a validade dos argumentos. Para a lógica, um argumento é válido quando sua conclusão segue logicamente das premissas que o sustentam.

Assim, a lógica se concentra no estudo dos argumentos válidos e busca estabelecer as regras para argumentos válidos, além de avaliar argumentos para determinar sua validade.

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O que é persuasão?

A persuasão é um tipo de discurso que:

  • Recorre à sedução, apelando mais aos sentimentos, ao coração, ao inconsciente do que à razão;
  • Utiliza recursos como a repetição, o uso de imagens atrativas e a criação de desejos e preferências;
  • Tem como objetivo tornar algo apetecível, desejável e agradável. Assim, além de impor um desejo, busca criar uma necessidade e uma forma fictícia de satisfação.

Existem vários exemplos de discursos persuasivos, como o discurso político e o discurso publicitário, que encontramos na rádio e na televisão, com slogans como “Viva e ajude a viver”, entre outros. Esses discursos visam influenciar as pessoas a adotarem determinadas atitudes, comprarem produtos ou apoiarem ideias, utilizando técnicas emocionais e argumentativas para alcançar seus objetivos.

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Exercícios Resolvidos:

1. O que é a argumentação?
A argumentação é o processo de apresentar razões ou argumentos a favor ou contra uma determinada tese, ideia ou ponto de vista. Envolve a elaboração e a apresentação de justificativas lógicas e convincentes para sustentar uma posição.

2. Por que a Filosofia se interessa pelo discurso argumentativo?
A Filosofia se interessa pelo discurso argumentativo porque este é essencial para a busca do conhecimento e da verdade.

Através da argumentação, os filósofos podem analisar e avaliar criticamente diferentes pontos de vista, examinar premissas e inferências, e construir raciocínios válidos. Além disso, a argumentação é fundamental para o desenvolvimento do pensamento crítico e para a comunicação eficaz de ideias filosóficas.

3. Distingue a argumentação e a demonstração

A argumentação e a demonstração são duas formas distintas de apresentar raciocínios:

  • Argumentação: é o processo de apresentar argumentos para persuadir ou convencer um interlocutor. Envolve a exposição de razões e evidências que sustentam uma determinada posição, mas não necessariamente conduzem a uma conclusão necessária e incontestável. A argumentação é frequentemente utilizada em debates, discursos políticos, ensaios e discussões filosóficas.
  • Demonstração: é o processo de apresentar raciocínios que conduzem a uma conclusão necessária e incontestável, com base em premissas verdadeiras e válidas. A demonstração é caracterizada pela sua objetividade e rigor lógico, e é comumente empregada em contextos científicos e matemáticos, onde a validade das inferências é fundamental.

4. Elabore alguns argumentos de caráter persuasivo..
Alguns exemplos de argumentos de caráter persuasivo incluem:

  • Argumentos emocionais: apelam aos sentimentos e emoções do público-alvo para influenciar sua opinião ou comportamento.
  • Argumentos de autoridade: baseiam-se na credibilidade ou reputação de uma pessoa ou instituição para validar uma determinada posição.
  • Argumentos baseados em evidências anedóticas: utilizam exemplos individuais ou histórias pessoais para ilustrar um ponto de vista, mesmo que não sejam representativos da realidade.
  • Argumentos de senso comum: apelam para crenças ou opiniões amplamente aceitas pela sociedade para justificar uma posição.

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