Classificação dos silogismos

Classificação dos silogismos

Existem dois tipos principais de silogismo: categóricos e hipotéticos. Os silogismos categóricos compreendem dois tipos: regulares e irregulares. Os silogismos regulares são aqueles cuja estrutura apresenta três proposições e três termos.

Os silogismos apresentados até agora são categóricos regulares. Vamos então analisar os silogismos categóricos irregulares e os hipotéticos.

Silogismos irregulares

Silogismos irregulares, também conhecidos como derivados dos silogismos categóricos, são estruturas argumentativas que apresentam mais ou menos do que três termos e mais ou menos do que três premissas. Essas são formas de argumentação válidas, porém não seguem um formato único, ou seja, um padrão do silogismo categórico.

Vamos analisar alguns exemplos de silogismos categóricos irregulares ou derivados.

Entimema (ou silogismo incompleto) – É um silogismo, ou argumento, no qual uma das premissas, ou até mesmo as duas, não estão explicitamente expressas, pois podem ser subentendidas.

Por exemplo: “A Sida é uma doença infecciosa transmitida por vírus.” Neste caso, falta a premissa maior: “As doenças infecciosas são transmitidas por vírus.” Passando para a forma canônica (padrão), temos: “As doenças infecciosas são as principais causas de mortes humanas em África. A malária é uma doença infecciosa. Portanto, a malária é a principal causa de mortes humanas em África.”

O uso de entimemas é comum em situações de comunicação cotidiana, pois os interlocutores pressupõem que as premissas omitidas são amplamente conhecidas, preferindo subentendê-las para não sobrecarregar seus ouvintes, o que, em algumas situações, pode gerar confusão.

Epiqueirema – É um silogismo no qual uma ou ambas as premissas apresentam suas respectivas demonstrações. Assim, as premissas demonstrativas são geralmente acompanhadas pelo termo “porque” ou por outro termo com a função justificativa ou demonstrativa.

Polissilogismos

Os polissilogismos são estruturas argumentativas mais complexas que envolvem a concatenação de vários silogismos em uma sequência lógica. Nesse tipo de argumentação, a conclusão de um silogismo é utilizada como premissa maior ou menor em um novo silogismo, criando assim uma cadeia de raciocínio.

Existem dois tipos de polissilogismos: progressivos e regressivos.

• Polissilogismo progressivo: Neste caso, a conclusão de um silogismo é utilizada como premissa maior ou menor no silogismo seguinte. A conclusão de um silogismo se torna a premissa maior ou menor do próximo, criando uma sequência contínua de argumentos.
• Polissilogismo regressivo: Aqui, a conclusão de um silogismo é utilizada como premissa menor ou maior no silogismo seguinte. A conclusão de um silogismo se torna a premissa menor ou maior do próximo, também criando uma sequência de argumentos, mas de forma regressiva.

Essa técnica de encadear vários silogismos em uma sequência lógica é utilizada para construir argumentos mais elaborados e complexos, permitindo uma análise mais aprofundada de uma questão ou problema.

Sorites

Os sorites são tipos de polissilogismos abreviados nos quais o sujeito da primeira premissa se torna o predicado da segunda, e o sujeito da segunda premissa se torna o predicado da terceira, e assim por diante, até a conclusão que une o sujeito da última premissa ao predicado da primeira premissa.

Quando o predicado da primeira premissa se torna o sujeito da segunda e o predicado da segunda premissa se torna o sujeito da terceira, continuando dessa forma até a conclusão que une o sujeito da primeira premissa ao predicado da última premissa, temos um sorites regressivo. Os sorites contêm no mínimo quatro proposições.

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