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Duas perspetivas sobre a evolução da ciência: Continuísmo e Ruptura

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Duas perspetivas sobre a evolução da ciência: Continuísmo e Ruptura

Explore as diversas perspectivas e reflexões sobre a evolução da ciência neste artigo. Desde os avanços tecnológicos até as mudanças nas teorias científicas, mergulhe em análises intrigantes e visões sobre o futuro promissor da investigação e descoberta.

Enquanto alguns acreditam que o desenvolvimento da ciência é linear e cumulativo, há outros que questionam essa visão. Dentro desse debate, duas correntes de pensamento se destacam: Continuísmo e Ruptura

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Continuísmo

Dentro do continuísmo como corrente de pensamento é possível encontrar duas linhas.

Continuísmo radical

O continuísmo radical sustenta que a ciência evolui de maneira linear e acumulativa. Linear, pois avança sempre na mesma direção, implicando que os conhecimentos uma vez estabelecidos permanecerão inquestionáveis; e acumulativa, pois os novos conhecimentos se somam aos anteriores, como se fossem depositados em um celeiro.

Essa concepção da ciência deriva de pressupostos epistemológicos, incluindo:

  • a associação do conhecimento com o método da verificação, considerado infalível na discernimento entre verdade e falsidade das hipóteses;
  • a ideia de que o conhecimento é produzido por uma entidade confiável (a razão humana), que acumula saberes ao longo do tempo;
  • a noção de que a ciência segue um processo evolutivo, com descobertas que se conectam entre si, estabelecendo uma ligação entre uma descoberta recente e a anterior;
  • a crença de que o ser humano aprende ciência de maneira gradual, partindo de conceitos simples e progredindo para os mais complexos, criando uma narrativa de conhecimento historicamente linear;
  • e a observação de que na transmissão da ciência, suas fraquezas (erros, hipóteses obsoletas) não são reveladas, transmitindo a ideia de uma evolução gradual e segura, sem erros.

Continuísmo moderado

Por outro lado, o continuísmo moderado argumenta que essa visão da ciência é simplista e ingênua. Os próprios fatos inerentes ao processo de construção da ciência a desmistificaram, revelando sua natureza mais complexa e menos linear do que se pensava.

Embora ainda haja defensores dessa visão, muitos reconhecem as nuances do processo científico. Historiadores e filósofos da ciência, como Duhem, por exemplo, não negam que a ciência seja construída de maneira contínua, porém reconhecem que ao longo desse processo ocorreram erros e correções.

Eles afirmam que as descobertas científicas de uma época são fundamentadas em investigações e debates de épocas anteriores, onde os erros são identificados e corrigidos, estabelecendo uma verdadeira continuidade e conexão entre diferentes períodos.

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Roptura ou descontinuísmo

O descontinuísmo, defendido por alguns filósofos da ciência como Bachelard, A. Koyré, K. Popper e T. Kuhn, argumenta que o desenvolvimento da ciência conhece momentos de descontinuidade, ou seja, rupturas que claramente separam uma fase da outra. Estes são momentos surpreendentes que afetam a legitimidade dos princípios gerais. Aqui, podemos nos perguntar: quando os princípios gerais perdem sua legitimidade?

Para responder a essa pergunta, é necessário entender o funcionamento da ciência. Geralmente, uma teoria ou conjunto de teorias operam sempre ligadas a um princípio geral ou paradigma. Quando esse princípio não consegue mais abarcar as novas descobertas, quando estas escapam de suas fronteiras, revelando contradições ou lacunas irreparáveis, a comunidade científica é compelida a abandonar o antigo paradigma e conceber um novo que seja capaz de englobar e explicar as novas perspectivas.

Vamos agora analisar as reflexões epistemológicas feitas por Karl Popper e Thomas Kuhn.

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A teoria de Karl Popper

A teoria de Karl Popper, filósofo austríaco das ciências exatas e humanas (1902-1994), refuta a ideia de progresso científico como uma mera acumulação de conhecimentos. Clique e saiba mais

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A teoria de Thomas Kuhn

A teoria de Thomas Kuhn realiza uma análise fenomenológica das rupturas epistemológicas, já defendidas por seus antecessores. Ele introduz expressões como “ciência normal”, “anomalia” e “ciência extraordinária”, além do conhecido “paradigma”, que constitui o cerne de sua análise. Clique e saiba mais…

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