A Natureza do Conhecimento

Duas correntes antagônicas, o realismo e o idealismo, oferecem respostas divergentes a Natureza do Conhecimento

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I. A Natureza do Conhecimento

O debate sobre o que conhecemos – se os próprios objetos ou as representações deles em nós – é central na filosofia. Duas correntes antagônicas, o realismo e o idealismo, oferecem respostas divergentes a essa questão fundamental – Natureza do Conhecimento.

1. Realismo

O realismo sustenta que conhecemos as coisas e não apenas ideias sobre elas. O que o ser humano conhece são as coisas, tanto na forma de universais (como postulado por Platão, que considerava os universais como entidades transcendentais em relação aos particulares) quanto na forma imanente, encontrada nas coisas individuais (como entendido por Aristóteles, que via a universalidade dentro das coisas particulares).

O universal é uma entidade geral, um conceito ou uma ideia comum a todos os seres particulares. Assim, para os realistas, o universal é aquilo que predica todas as coisas e constitui o suporte do todo existente, sem o qual as coisas particulares não existiriam.

2. Idealismo

Para os idealistas, como George Berkeley, a única existência dos objetos é a ideia que temos deles: “existir é ser percebido”. As coisas existem apenas como objetos da consciência. A existência do mundo como uma realidade coerente e regular é garantida por Deus, a mente suprema onde tudo é produzido e ordenado.

A filosofia idealista de Hegel, expoente máximo do idealismo alemão, culmina na afirmação de que “todo o real é ideal e todo o ideal é real”.

II. Valor do Conhecimento

O debate sobre o valor do conhecimento também se desenrola entre duas correntes: o absolutismo e o relativismo. O absolutismo afirma não apenas a objetividade do conhecimento, mas também lhe confere um valor absoluto, sem limites.

Por outro lado, o relativismo atribui valor simplesmente relativo ao conhecimento, seja em relação ao sujeito conhecedor, seja em relação ao objeto conhecido.

✔ O relativismo possui diversas subdivisões:

Relativismo Sensorial: Os sofistas, como Protágoras, afirmavam que “o homem é a medida de todas as coisas”, ou seja, todo conhecimento é relativo, dependendo do sujeito cognoscente.

Relativismo Positivista: Para Auguste Comte, nenhum conhecimento além da experiência é possível, e, portanto, nada pode ser válido ou certo para além disso; trata-se de um relativismo objetivo.

Relativismo Pragmático: Para William James, a validade de uma ideia só pode ser verificada por seus resultados práticos, ou seja, sua utilidade. Para o pragmatismo, a verdade só pode ser definida em termos de ação. Assim, tudo o que ajuda a agir e produzir resultados reais será verdadeiro para cada indivíduo, conferindo um valor relativo a todas as nossas ideias.

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