Uma das grandes questões que a humanidade enfrenta está relacionada ao Fim Último do Homem
Uma das grandes questões que a humanidade enfrenta está relacionada ao Fim Último do Homem
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ToggleUma das grandes questões que a humanidade enfrenta está relacionada aos fins para os quais existimos. Não há consenso sobre os propósitos para os quais os seres humanos foram criados.
No entanto, ao analisar as abordagens dos filósofos, parece haver uma visão teleológica para a existência humana. Aristóteles, em sua obra “Ética a Nicômaco”, afirma que toda a ação humana é realizada em função de um fim, sendo este fim o bem.
Para o filósofo, esse bem deve ser soberano, e o bem soberano é a felicidade. Portanto, a busca pela felicidade é o objetivo final da existência humana. A chave para a felicidade envolve três realidades: prazer, ser um cidadão livre e responsável, e viver de acordo com a razão.
Essa posição foi reiterada por Santo Agostinho, na época medieval. Para o pensador, o Homem é chamado a ser feliz. Mas o que significa, de fato, ser feliz? A felicidade não consiste na busca incessante por bens materiais, mas sim na busca por um bem duradouro.
Santo Tomás de Aquino reconhece que o Homem é o único ser que age em função de um fim. O fato de o Homem ser senhor de seus atos é o que o distingue dos seres irracionais, pois apenas as ações sobre as quais ele tem controle podem ser consideradas humanas.
É pela razão e vontade que o Homem tem domínio sobre seus atos, sendo a faculdade conjunta de razão e vontade chamada de livre arbítrio. Todas as ações humanas devem ter um fim em vista, sendo o Homem a fonte geradora dessas ações.
Dante atribui ao Homem dois fins últimos: a salvação das almas individuais e a felicidade terrena, que envolve o atendimento das necessidades materiais e o desenvolvimento das virtudes morais. Para o pensador moçambicano Brazão Mazula, o homem deve agir de acordo com a ética da felicidade, baseada no trabalho árduo, na criatividade e na honestidade, e não na acumulação ilícita de bens.
Após adquirir uma grande quantidade de bens, surge uma questão epistemológica sobre a felicidade. Agostinho, mais uma vez, questiona se aquele que possui bens em abundância, desfrutando de benefícios sem fim, ao estabelecer limites para seus desejos e viver satisfeito com o que possui, experimentando a plenitude e a alegria desses bens, é verdadeiramente feliz.
Em nenhum momento o diálogo busca condenar a vida agradável em si. Pelo contrário, destaca a importância do uso moderado desses bens, uma vez que não são essas coisas que tornam o homem feliz, mas sim a moderação de seu espírito.
Agostinho conclui que a felicidade reside na busca por um bem permanente, aquele que não pode ser retirado em circunstância alguma. Para ele, esse bem permanente é, em sua opinião, o Deus eterno e imutável. Portanto, “quem possui a Deus é feliz”
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