A arte não se limita à mera imitação da natureza. Trata-se de reproduzir a natureza, mas com a intenção de aprimorá-la.
A arte não se limita à mera imitação da natureza. Trata-se de reproduzir a natureza, mas com a intenção de aprimorá-la.
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ToggleNa estética, a verdadeira arte requer expressar o que está dentro de si mesmo. Na atual era em que vivemos, há um crescente reconhecimento das diversas culturas, em nível local. Uma das formas utilizadas para manifestar a cultura é através da estética. O corpo é estetizado na dança, a paisagem na pintura, o som na música, os seres na escultura.
Existem padrões para a manifestação artística? O que constitui a beleza de uma obra de arte? Qual é a sua importância? Estas são apenas algumas das perguntas que podemos formular ao refletir sobre a estética. Nas próximas páginas, iremos refletir sobre essas questões à luz das experiências dos filósofos que ao longo da história refletiram sobre ela.
O conceito de estética deriva da palavra grega “aisthesis”, que significa tudo o que pode ser percebido pelos sentidos, relacionado à sensibilidade. Quando falamos de estética, referimo-nos à disciplina da Filosofia que se dedica ao estudo do belo.
Kant define a estética como a ciência que trata das condições da percepção pelos sentidos. No entanto, o sentido atribuído à estética nos dias atuais, como teoria do belo e suas manifestações através da arte, remonta a Alexander Baumgarten.
O objeto de estudo da estética, enquanto ciência e teoria do belo, é o tipo de conhecimento adquirido pelos sentidos através da arte. Seu conceito refere-se ao campo da experiência humana que leva à classificação de um objeto como belo, agradável, em contraposição ao que não é.
A estética, como problemática filosófica, aborda questões como a natureza da arte, seu fim e sua relação com outras esferas da vida humana.
Desde a Antiguidade Clássica, os filósofos têm se interessado pelo belo e refletido sobre ele. Platão via a arte como uma imitação da natureza, uma cópia das ideias do mundo das ideias, de acordo com sua concepção do mundo. O objetivo da imitação é o belo. Aristóteles, discordando de seu mestre Platão, afirmava que a arte não se limita à mera imitação da natureza. Trata-se de reproduzir a natureza, mas com a intenção de aprimorá-la.
O filósofo italiano Gianbattista Vico (1668-1744) contribuiu com um modelo fundamental e original para a expressão humana em uma fase específica de seu desenvolvimento. O desenvolvimento humano, segundo Vico, é composto por três etapas: dos sentidos, da fantasia e da razão. A arte é a expressão humana na fase da fantasia, onde o homem exterioriza sua percepção da realidade através de criações fantásticas como poemas, mitos, pinturas, entre outros.
Essa posição foi contestada por Kant, que negava que a arte fosse simplesmente imitação da natureza ou da realidade. Em uma obra de arte, a sensibilidade expressa o universal no particular, o inteligível no sensível, o não fenomênico. Por meio da obra de arte, o homem contempla realidades metaempíricas que não seriam acessíveis à sua sensibilidade; estimula-se o prazer estético que encanta o homem.
A arte é considerada a expressão mais sublime da natureza e do universo, onde o homem pretende expressar e interpretar a própria natureza.
Quando se trata da simples manifestação do belo (obras belas), são denominadas belas-artes (como as artes plásticas, especialmente a pintura, escultura e arquitetura).
Segundo Platão, a beleza é uma ideia absolutamente perfeita, um fim em si mesma e é amada por si só. No entanto, quando a arte visa fins lucrativos, são chamadas artes úteis (como as artes mecânicas).
Esses dois tipos de obras artísticas diferem um do outro, assim como o belo difere do útil, pois se o belo é amado por si mesmo, o útil é amado por causa de um fim diferente de si mesmo. O útil é relativo.
O belo, como base da arte, é subjetivo, o que torna difícil chegar a um consenso sobre sua definição. Portanto, é evidente que a classificação de uma obra de arte como bela é relativa. Atualmente, não se fala mais em valores universais, pois não existem valores eternos compartilhados por todos os povos em todos os tempos.
Como mencionado por Ferry, a ética fundamenta o belo em uma faculdade excessivamente subjetiva para que se possa encontrar facilmente objetividade nela. A história da estética, pelo menos até o final do século XVIII, buscava critérios em vez de relativismo.
A sociedade moderna busca compreender o universal a partir do particular, sendo uma sociedade epistemologicamente indutiva. Portanto, não se espera um consenso sobre a beleza das grandes obras de arte. É no domínio da estética que a tensão entre o indivíduo e o coletivo, entre o subjetivo e o objetivo, se faz sentir de forma mais intensa.
O belo é aquilo que nos atrai mais facilmente e de forma mais misteriosa. Daí surge a visão de que a obra de arte deve ser uma representação bela do mundo subjetivo do artista.
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