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Classificação dos juízos: Quantidade e Qualidade dos Juízos

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Classificação dos juízos: Quantidade e Qualidade dos Juízos

A classificação dos juízos em relação à quantidade e à qualidade é uma parte importante da lógica. Esses dois aspetos ajudam a determinar a extensão e a natureza das afirmações feitas em um juízo.

Quantidade dos Juízos:

    • Universais: São juízos em que o predicado se aplica a toda extensão do sujeito. Por exemplo, “Todos os homens são mortais.”
    • Particulares: São juízos em que o predicado se aplica apenas a uma parte da extensão do sujeito. Por exemplo, “Alguns homens são altos.”
    • Singulares: São juízos que se referem a um único indivíduo. Por exemplo, “João é inteligente.”

    Qualidade dos Juízos:

      • Afirmativos: São juízos que afirmam a relação entre o sujeito e o predicado. Por exemplo, “Os pássaros voam.”
      • Negativos: São juízos que negam a relação entre o sujeito e o predicado. Por exemplo, “Nenhum gato é um pássaro.”

      Ao considerar a quantidade e a qualidade dos juízos, podemos classificá-los de acordo com esses critérios, o que nos ajuda a entender melhor a natureza das afirmações feitas e a lógica por trás delas.

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      Como São Classificados os Juízos?

      Os juízos são classificados quanto à qualidade, quantidade, inclusão ou não inclusão do predicado no sujeito, dependência ou não da experiência, relação ou condição, matéria, modalidade, …

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      Quanto à quantidade

      Quanto à quantidade, os juízos podem ser universais, particulares ou singulares.

      Os juízos são universais quando o predicado se aplica a toda extensão do sujeito.

      Exemplo universal: “Todos os homens são fortes.”

      Exemplo universal negativo: “Nenhum pássaro tem asas.”

      Juízos como “As minhocas são animais” e “O avarento é egoísta” são necessariamente universais, pois se referem a toda a extensão do sujeito, ou seja, a todas as minhocas e a todos os avarentos.

      Os juízos são particulares quando o predicado se aplica apenas a uma parte da extensão do sujeito.

      Exemplo particular: “Alguns moçambicanos são náuticos.”

      Juízos como “Pelo menos, uma criança é obediente”, “Certos atletas mundiais são africanos” e “Existem homens honestos” são particulares, pois em cada um deles o sujeito refere-se apenas a algumas crianças, alguns atletas ou alguns homens.

      Os juízos são singulares quando o predicado se refere a um único indivíduo.

      Exemplo singular: “A Matilde é costureira.”

      No caso do juízo “Sócrates é mortal”, o predicado pode considerar-se aplicado ao sujeito em toda a sua extensão, ou seja, Sócrates na sua totalidade é mortal, assim como todos os homens na sua totalidade são mortais. Geralmente, o juízo singular é reduzido ao juízo universal.

      É importante notar que as proposições singulares referem-se a universos constituídos por um único indivíduo em relação a tantos outros, ou seja, universos particularizados. Portanto, rigorosamente falando, as proposições singulares são redutíveis a proposições particulares.

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      Quanto à qualidade

      Quanto à qualidade, os juízos podem ser:

      Afirmativos: quando o predicado é afirmado em relação ao sujeito.

      Exemplo afirmativo: “Nadinha é um menino obediente.”

      Negativos: quando a côpula indica que o predicado não é aplicável ao sujeito.

      Exemplo negativo: “O Matata não é um bom estudante.”

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      Quanto à inclusão ou não inclusão do predicado no sujeito

      Quanto à inclusão ou não inclusão do predicado no sujeito, os juízos podem ser:

      Analíticos: quando o predicado está contido no sujeito.

      Exemplo analítico: “O quadrado tem quatro lados iguais.”

      Sintéticos: quando o predicado não está contido na noção do sujeito.

      Exemplo sintético: “Os pássaros são aéreos.”

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      Quanto à dependência ou não da experiência, os juízos podem ser:

      A priori: quando a sua veracidade pode ser conhecida independentemente da experiência.

      Exemplo a priori: “O quadrado tem quatro lados iguais.”

      A posteriori: quando a sua veracidade só pode ser conhecida através da experiência.

      Exemplo a posteriori: “Os corais são coloridos.”

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      Quanto à relação ou condição, os juízos podem ser:

      Categóricos: quando a afirmação ou negação é sem restrições. Expressam uma correspondência clara e sem condições entre o enunciado e aquilo que referem.

      Exemplo categórico: “O homem é mortal.”

      Hipotéticos: quando há afirmação ou negação sob condição (condicional).

      Exemplo hipotético: “Se fores, então eu também vou.”

      Disjuntivos: quando a afirmação de um predicado exclui os outros (incompatibilidade).

      Exemplo disjuntivo: “Ou assistes ao espetáculo ou ficas em casa.”

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      Quanto à modalidade, os juízos podem ser:

      Assertórios: quando enunciam uma verdade de fato, embora não necessariamente logicamente.

      Exemplo assertório: “A Lurdes Mutola é uma atleta exemplar.”

      Problemáticos: quando enunciam uma possibilidade.

      Exemplo problemático: “Os pássaros são provavelmente bons apreciadores de frutas.”

      Apodíticos: quando são necessariamente verdadeiros; o predicado convém necessariamente ao sujeito.

      Exemplo apodítico: “O triângulo tem três lados.”

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      Quanto à matéria, os juízos podem ser:

      Necessários: quando o predicado convém e não pode deixar de convir ao sujeito.

      Exemplo de juízo necessário: “O círculo é redondo.”

      Contingentes: quando o predicado convém de fato ao sujeito, mas poderia também não convir.

      Exemplo de juízo contingente: “O peixe saltou com destreza no exame.”

      Impossíveis (ou absurdos): quando o predicado não pode convir ao sujeito.

      Exemplo de juízo impossível: “O círculo é quadrado.”

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      Exercícios resolvidos sobre Classificação dos juízos:

      1. Classifica os juízos seguintes quanto e quantidade.
      a) Os maputenses são moçambicanos.
      b) Nenhum anarquista é respeitador da lei.
      c) Certos moçambicanos são académicos.
      d) Alguns anarquistas são políticos.

      2. Classifica os juízos seguintes quanto i quantidade.
      a) Os ayaos são moçambicanos.
      b) Há políticos que são demagogos.
      c) Há políticos que não são demagogos-
      d) Nenhum fil6sofo é milionário.

      3. Classifica os juízos seguintes quanto A quantidade e qualidade.
      a) Há homens que não cumprem com os seus deveres de cidadãos.
      b) Alguns quenianos são os melhores atletas do mundo.
      c) Nenhum louco é professor.
      d) Todos os pais prezam os seus filhos.
      e) Nem tudo o que brilha é ouro

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