Classificação dos juízos: os juízos são classificados quanto à qualidade, quantidade, inclusão do predicado no sujeito, dependência, relação, matéria, modalidade, …
Classificação dos juízos: os juízos são classificados quanto à qualidade, quantidade, inclusão do predicado no sujeito, dependência, relação, matéria, modalidade, …
ÍNDICE:
ToggleA classificação dos juízos em relação à quantidade e à qualidade é uma parte importante da lógica. Esses dois aspetos ajudam a determinar a extensão e a natureza das afirmações feitas em um juízo.
Quantidade dos Juízos:
Qualidade dos Juízos:
Ao considerar a quantidade e a qualidade dos juízos, podemos classificá-los de acordo com esses critérios, o que nos ajuda a entender melhor a natureza das afirmações feitas e a lógica por trás delas.
Os juízos são classificados quanto à qualidade, quantidade, inclusão ou não inclusão do predicado no sujeito, dependência ou não da experiência, relação ou condição, matéria, modalidade, …
Quanto à quantidade, os juízos podem ser universais, particulares ou singulares.
Os juízos são universais quando o predicado se aplica a toda extensão do sujeito.
Exemplo universal: “Todos os homens são fortes.”
Exemplo universal negativo: “Nenhum pássaro tem asas.”
Juízos como “As minhocas são animais” e “O avarento é egoísta” são necessariamente universais, pois se referem a toda a extensão do sujeito, ou seja, a todas as minhocas e a todos os avarentos.
Os juízos são particulares quando o predicado se aplica apenas a uma parte da extensão do sujeito.
Exemplo particular: “Alguns moçambicanos são náuticos.”
Juízos como “Pelo menos, uma criança é obediente”, “Certos atletas mundiais são africanos” e “Existem homens honestos” são particulares, pois em cada um deles o sujeito refere-se apenas a algumas crianças, alguns atletas ou alguns homens.
Os juízos são singulares quando o predicado se refere a um único indivíduo.
Exemplo singular: “A Matilde é costureira.”
No caso do juízo “Sócrates é mortal”, o predicado pode considerar-se aplicado ao sujeito em toda a sua extensão, ou seja, Sócrates na sua totalidade é mortal, assim como todos os homens na sua totalidade são mortais. Geralmente, o juízo singular é reduzido ao juízo universal.
É importante notar que as proposições singulares referem-se a universos constituídos por um único indivíduo em relação a tantos outros, ou seja, universos particularizados. Portanto, rigorosamente falando, as proposições singulares são redutíveis a proposições particulares.
Quanto à qualidade, os juízos podem ser:
Afirmativos: quando o predicado é afirmado em relação ao sujeito.
Exemplo afirmativo: “Nadinha é um menino obediente.”
Negativos: quando a côpula indica que o predicado não é aplicável ao sujeito.
Exemplo negativo: “O Matata não é um bom estudante.”
Quanto à inclusão ou não inclusão do predicado no sujeito, os juízos podem ser:
Analíticos: quando o predicado está contido no sujeito.
Exemplo analítico: “O quadrado tem quatro lados iguais.”
Sintéticos: quando o predicado não está contido na noção do sujeito.
Exemplo sintético: “Os pássaros são aéreos.”
A priori: quando a sua veracidade pode ser conhecida independentemente da experiência.
Exemplo a priori: “O quadrado tem quatro lados iguais.”
A posteriori: quando a sua veracidade só pode ser conhecida através da experiência.
Exemplo a posteriori: “Os corais são coloridos.”
Categóricos: quando a afirmação ou negação é sem restrições. Expressam uma correspondência clara e sem condições entre o enunciado e aquilo que referem.
Exemplo categórico: “O homem é mortal.”
Hipotéticos: quando há afirmação ou negação sob condição (condicional).
Exemplo hipotético: “Se fores, então eu também vou.”
Disjuntivos: quando a afirmação de um predicado exclui os outros (incompatibilidade).
Exemplo disjuntivo: “Ou assistes ao espetáculo ou ficas em casa.”
Assertórios: quando enunciam uma verdade de fato, embora não necessariamente logicamente.
Exemplo assertório: “A Lurdes Mutola é uma atleta exemplar.”
Problemáticos: quando enunciam uma possibilidade.
Exemplo problemático: “Os pássaros são provavelmente bons apreciadores de frutas.”
Apodíticos: quando são necessariamente verdadeiros; o predicado convém necessariamente ao sujeito.
Exemplo apodítico: “O triângulo tem três lados.”
Necessários: quando o predicado convém e não pode deixar de convir ao sujeito.
Exemplo de juízo necessário: “O círculo é redondo.”
Contingentes: quando o predicado convém de fato ao sujeito, mas poderia também não convir.
Exemplo de juízo contingente: “O peixe saltou com destreza no exame.”
Impossíveis (ou absurdos): quando o predicado não pode convir ao sujeito.
Exemplo de juízo impossível: “O círculo é quadrado.”
1. Classifica os juízos seguintes quanto e quantidade.
a) Os maputenses são moçambicanos.
b) Nenhum anarquista é respeitador da lei.
c) Certos moçambicanos são académicos.
d) Alguns anarquistas são políticos.
a) Universal afirmativo: “Os maputenses são moçambicanos.”
b) Universal negativo: “Nenhum anarquista é respeitador da lei.”
c) Particular afirmativo: “Certos moçambicanos são acadêmicos.”
d) Particular afirmativo: “Alguns anarquistas são políticos.”
2. Classifica os juízos seguintes quanto i quantidade.
a) Os ayaos são moçambicanos.
b) Há políticos que são demagogos.
c) Há políticos que não são demagogos-
d) Nenhum fil6sofo é milionário.
a) Universal afirmativo: “Os ayaos são moçambicanos.”
b) Particular afirmativo: “Há políticos que são demagogos.”
c) Particular negativo: “Há políticos que não são demagogos.”
d) Universal negativo: “Nenhum filósofo é milionário.”
3. Classifica os juízos seguintes quanto A quantidade e qualidade.
a) Há homens que não cumprem com os seus deveres de cidadãos.
b) Alguns quenianos são os melhores atletas do mundo.
c) Nenhum louco é professor.
d) Todos os pais prezam os seus filhos.
e) Nem tudo o que brilha é ouro
a) “Há homens que não cumprem com os seus deveres de cidadãos.”
Quantidade: Particular (alguns homens)
Qualidade: Afirmativo
b) “Alguns quenianos são os melhores atletas do mundo.”
Quantidade: Particular (alguns quenianos)
Qualidade: Afirmativo
c) “Nenhum louco é professor.”
Quantidade: Universal (nenhum louco)
Qualidade: Negativo
d) “Todos os pais prezam os seus filhos.”
Quantidade: Universal (todos os pais)
Qualidade: Afirmativo
e) “Nem tudo o que brilha é ouro.”
Quantidade: particular (alguma parte que brilha)
Qualidade: Negativo
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