Geralmente, quando nos deparamos com oportunidades, parece que se tornam uma tarefa desafiadora escolher qual delas seguir. Nem todas as oportunidades podem ser aproveitadas, devemos filtrá-las para lidar com o desafio pretendido.
Segundo Deimantas (2008), ao escolher uma determinada oportunidade, necessita-se da avaliação da oportunidade que parece mais promissora e que possivelmente acrescente muito valor ao que se pretende. Ou seja, o empreendedor deve procurar atentar-se à oportunidade certa.
A pergunta que surge é: como fazer a devida avaliação da oportunidade que possui a informação sobre as oportunidades de negócios e que pode moldar as crescentes de cada um dos negócios, a fim de ajudar no desenvolvimento do negócio que envolve?
O Que é Seleção de Oportunidades?
Seleção de oportunidades é o processo de avaliar e escolher entre diferentes possibilidades de negócios ou projetos para investimento ou desenvolvimento.
Neste processo, os empreendedores analisam várias oportunidades potenciais com base em critérios como viabilidade, retorno sobre o investimento, alinhamento com os objetivos pessoais ou empresariais, riscos envolvidos e potencial de crescimento.
A seleção de oportunidades envolve a identificação das melhores opções que se encaixam nos recursos disponíveis, nas competências do empreendedor e nas condições de mercado.
É um passo crucial no processo empreendedor, pois determina quais ideias serão perseguidas e desenvolvidas, enquanto outras são descartadas.
Fatores Básicos de Seleção de Oportunidades
Na escolha da oportunidade, devem ser considerados alguns fatores, que podem, ou não, torná-la mais atrativa. Na análise do novo negócio, o empreendedor deve considerar os seguintes fatores:
1. Lucratividade:
Toda oportunidade de negócio tem como fim gerar lucros. Só assim é possível verificar o sucesso do negócio. E quanto maior for o seu lucro, maior será o seu sucesso. Por isso, a lucratividade constitui um fator decisivo na escolha de um negócio próprio.
Se a lucratividade do seu negócio não for superior à média dos negócios de seus concorrentes, este negócio deve ser descartado pelo futuro empreendedor.
2. Mudanças que ocorrem no setor:
As mudanças são fontes de oportunidades, mas o empreendedor de sucesso deve percebê-las antes dos concorrentes.
As tendências são fundamentais, mas não preveem com exatidão as mudanças de um setor. Para o empreendedor, interessa identificar as mudanças que ocorreram recentemente, as mudanças que estão em curso e as mudanças que se prevêem para o futuro.
Porque são as mudanças que dão origem a ameaças e oportunidades, que vão afetar a atividade da empresa. Se nada mudou, não existem ameaças novas. Se não houve alterações, não existem novas oportunidades para explorar. É as mudanças que o empreendedor tem de estar atento.
3. Sazonalidade:
Em alguns negócios, como hotéis perto das praias, sorveterias, entre outros, as vendas oscilam em algumas épocas do ano. Havendo sazonalidade, o empreendedor deve estar preparado para enfrentá-la.
4. Efeitos da situação econômica:
Medir a sensibilidade do produto às variações econômicas, produtos mais baratos e de consumo necessário têm melhores condições de enfrentar crises.
5. Controle governamental:
Os negócios sob controle governamental podem ter as regras alteradas a qualquer momento e nem sempre atendem aos requisitos de competência e qualidade.
6. Dependência de insumos:
Verificar se as fontes de insumos, componentes e elementos necessários à empresa são de fácil acesso.
7. Ciclo de vida do setor – expansão, estagnação, retração:
Na escolha de uma determinada oportunidade de negócio, é fundamental avaliar o estágio do setor em que se pretende atuar, ou seja, se este se encontra em expansão, estagnação ou retração.
Em qualquer um deles, é possível encontrar oportunidades, mas o setor em expansão oferece melhores condições, uma vez que em geral a procura é maior do que a oferta, e os clientes ainda não têm tradição de fidelidade aos fornecedores. Nos setores em estagnação ou retração, a concorrência é maior.
8. Efeitos da evolução tecnológica:
O empreendedor deve estar sempre atento ao surgimento de novas tecnologias, só assim, poderá estar informado sobre tudo o que acontece ao seu redor.
9. Grau de imunidade à concorrência:
O sucesso é mais provável se as barreiras dos concorrentes à entrada de outras empresas no mercado forem menores e puderem ser neutralizadas.
10. Atração pessoal:
A atração pessoal é uma parte essencial do empreendedorismo. O empreendedor não pode esquecer que a empresa deve refletir seu mundo interior.
Isso significa que a identidade, os valores e a visão pessoal do empreendedor devem estar presentes na empresa que ele constrói. Essa autenticidade não apenas torna a empresa mais atraente para clientes e investidores, mas também ajuda a manter a paixão e o comprometimento do empreendedor ao longo do tempo.
Uma empresa que reflete o mundo interior do empreendedor tem mais probabilidade de ser coesa, inspiradora e bem-sucedida a longo prazo.
11. Barreiras à entrada:
Num mercado altamente competitivo, sempre existem várias barreiras à entrada. Contudo, as mais comuns são: capital, tecnologia, posição no mercado, poder da marca, fidelidade dos clientes, controle das fontes de matérias primas, processo de produção a baixo custo, localização do negócio.
Importa salientar que cada oportunidade de projeto terá uma avaliação diferente em cada um dos fatores acima mencionados, que vai depender da visão, da experiência e recursos que cada potencial empreendedor possui.