Os críticos da etnofilosofia argumentam que não devemos misturar o uso do termo “Filosofia” em um sentido ideológico
Os críticos da etnofilosofia argumentam que não devemos misturar o uso do termo “Filosofia” em um sentido ideológico
Os críticos da etnofilosofia argumentam que não devemos misturar o uso do termo “Filosofia” em um sentido ideológico. “Filosofia” é a palavra usada para descrever uma disciplina rigorosamente científica.
Reivindicar que os africanos tenham sua própria filosofia seria cair nas armadilhas dos colonizadores, que tentam criar a ilusão de que os africanos possuem uma filosofia, quando na realidade o que temos são mitos, crenças e provérbios.
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TogglePaulin Hountondji, um renomado crítico do Benin, apresenta os seguintes argumentos em seu trabalho “African Philosophy, Myth and Reality” de 1974:
Hountondji destaca a questão central da associação da palavra “africana” com a ideia de filosofia, ressaltando que essa qualificação deixa em aberto se a palavra “filosofia” mantém seu significado original. Para o crítico, é crucial preservar a universalidade da Filosofia, o que não implica necessariamente abordar os mesmos temas ou fazer as mesmas perguntas, dada a considerável diferença de conteúdos.
É importante notar que os primeiros defensores da Filosofia africana foram homens da igreja, como Tempels, Kagame, Mbiti e Mulago, que buscavam fundamentos psicológicos para difundir o Evangelho na África sem prejudicar a compreensão local.
Hountondji observa que a palavra “filosofia” qualificada pela palavra “africana” não possui o mesmo significado que a Filosofia ocidental do século XIX. Ele destaca como as palavras mudam de significado ao serem aplicadas na Europa e na América em comparação com a África.
Ele ilustra essa mudança de perspectiva com um comentário humorístico de um amigo queniano, indicando como termos como superstição, religião, mito e democracia são interpretados de forma diferente entre culturas, com a expectativa de aprovação mútua.
Hountondji argumenta que as palavras assumem significados distintos ao transitar do contexto europeu para o africano, evidenciando como a manipulação vocabular em nome da cultura africana pode distorcer conceitos como desenvolvimento, sendo crucial uma abordagem crítica e reflexiva nesse processo de contextualização.
Artigos “Filosofia Africana”
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