A ação humana e os valores estão intrinsecamente ligados, pois as ações humanas são frequentemente motivadas e guiadas por valores.
A ação humana e os valores estão intrinsecamente ligados, pois as ações humanas são frequentemente motivadas e guiadas por valores.
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ToggleA ação humana e os valores estão intrinsecamente ligados, pois as ações humanas são frequentemente motivadas e guiadas por valores. Os valores são princípios ou crenças que uma pessoa considera importantes e pelos quais ela orienta suas escolhas e comportamentos. Quando uma pessoa realiza uma ação, ela está expressando seus valores e preferências.
Por exemplo, se alguém valoriza a honestidade, é provável que suas ações sejam pautadas pela sinceridade e pela integridade. Da mesma forma, se alguém valoriza a justiça, suas ações tenderão a refletir um senso de equidade e imparcialidade.
Assim, as ações humanas são uma manifestação dos valores que uma pessoa possui. Os valores influenciam as decisões que tomamos, as relações que estabelecemos e a forma como nos comportamos no mundo. Portanto, compreender os valores de uma pessoa pode ajudar a explicar suas ações e escolhas.
Segundo Paulo Freire, Existir é um modo de vida que é característico do ser capaz de transformar, de produzir, de decidir, de criar, de recriar e de comunicar.
Paulo Freire delineou de forma especial como o ser humano escolhe, decide e executa as diversas ações. Cada indivíduo se individualiza nesse processo. Através das ações, o ser humano transforma a realidade, intervém no curso dos acontecimentos, tornando-se um agente de mudança. Suas ações o projetam para o futuro.
O ser humano pratica dois tipos de atos: aqueles que são comuns a outros animais e aqueles que somente ele próprio realiza. No primeiro caso, incluem-se os chamados atos instintivos. Estudos de Conrad Lorenz apontam para a existência de quatro grandes instintos comuns aos humanos e aos animais (alimentação, reprodução, fuga e agressão).
Os instintos nos animais determinam quase que completamente seu comportamento, permitindo-lhes uma resposta perfeita ao meio, o que é uma condição essencial para sua sobrevivência.
No segundo caso, a atividade instintiva é secundarizada em favor da atividade reflexiva, específica dos seres humanos. Agir, no caso do ser humano, implica em pensar antes de executar as ações (analisar as situações, definir objetivos, escolher as respostas mais adequadas e ponderar suas consequências).
Assim, o ser humano se define pela maneira como escolhe, decide e executa as diferentes ações. Por tudo isso, não podemos reduzir as ações dos seres humanos a simples atos mecânicos.
Os seres humanos são livres para agir ou não, para escolher um caminho ou outro. Seus atos possuem uma dimensão moral que se fundamenta na liberdade e na consciência de seus atos.
Em última análise, os seres humanos praticam também atos que, embora conscientes e intencionais, não deixam de ser considerados inumanos. Isso ocorre porque tais atos não se enquadram naqueles que consideramos dignos de seres humanos.
Dada a diversidade das ações que o ser humano pratica, é natural que a palavra “ação” tenha muitos significados. É importante diferenciar dois tipos de ações: as involuntárias e as voluntárias.
As ações involuntárias, também conhecidas como atos do Homem, são aquelas em que não há uma intenção consciente por parte do sujeito. Nesses casos, somos simples receptores de efeitos que não provocamos deliberadamente. São ações que realizamos de forma reflexa, instintiva, sem pensar. São comportamentos reflexos, espontâneos, automatizados e reativos, que ocorrem de forma acidental devido a uma sucessão de causas sobre as quais não temos controle.
Exemplos dessas ações involuntárias incluem mastigar, ressonar, esticar o braço em autodefesa, envelhecer e gritar de susto. São atividades que ocorrem sem um planejamento consciente, muitas vezes como resposta automática a estímulos externos ou internos, sem a intervenção direta da nossa vontade ou raciocínio.
As ações voluntárias implicam uma intenção deliberada por parte do agente, agindo de uma maneira específica e não de outra. Essas ações são reflexivas, estudadas, premeditadas e até mesmo projetadas a longo prazo, com o objetivo de alcançar determinados fins. Nesses casos, afirmamos que temos a intenção ou o propósito de realizar o que fazemos.
O termo “ação” é aplicado apenas a esses atos que são realizados de forma consciente (racional), voluntária e responsável, pois são características específicas dos seres humanos. Portanto, toda a ação humana necessariamente envolve os seguintes elementos:
Agente: O sujeito da ação que é capaz de se reconhecer como autor da ação, agindo com consciência e responsabilidade, exercendo livre-arbítrio ou vontade para optar e tomar decisões livremente.
Motivo: A razão que justifica a ação, o que nos leva a agir ou fazer algo. Ao questionar “Por que fizeste ou vais fazer isso ou aquilo?”, buscamos encontrar a razão que fundamenta a ação.
Intenção: Refere-se ao que o sujeito pretende fazer ou ser com sua ação, respondendo à pergunta “O que fazes?”. A intenção implica um agente consciente, pois consiste no que o agente deseja realizar.
Além disso, o fim da ação é a posse daquilo para o qual se deseja a ação voluntária. A finalidade da ação difere do fim, pois corresponde a uma orientação para o objetivo da ação. No exemplo do estudante de Ciência Política, a finalidade da ação seria se tornar efetivamente um analista de política do Oriente Médio, enquanto a finalidade seria o estudo de assuntos políticos da região e todas as ações realizadas para aprender sobre esse tema .
Após a caracterização dos atos humanos, surge a questão se os conceitos de fazer e agir têm a mesma significação moral. De acordo com a explicação fornecida, fazer e agir são conceitos que expressam capacidades diferentes.
Fazer: Refere-se a ações em que se tem em vista a execução ou a produção de determinados efeitos em um objeto qualquer. Envolve uma série de ocorrências distribuídas no tempo, frequentemente implicando conhecimentos prévios de natureza técnica.
Agir: Aplica-se a todas as outras ações intencionais que realizamos livremente e em que somos capazes de identificar facilmente os motivos pelos quais fazemos o que fazemos. Trata-se de ações em que nos sentimos diretamente responsáveis pelas consequências de nossos atos e em que estamos implicados nas escolhas que fazemos.
Ambas são ações humanas, pois em ambas há um agir pensado e intencional, bem como uma reflexão sobre o valor e o sentido da própria ação.
No entanto, possuem um valor moral diferente. No agir humano, o valor moral é tanto maior quanto mais associado está à questão da responsabilidade e da intencionalidade.
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