A consciência moral é a capacidade que o sujeito tem de avaliar os princípios básicos de suas ações, e manifesta-se na aplicação das normas morais.
A consciência moral é a capacidade que o sujeito tem de avaliar os princípios básicos de suas ações, e manifesta-se na aplicação das normas morais.
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ToggleA consciência moral refere-se à capacidade inata ou adquirida de distinguir entre o certo e o errado, de avaliar as ações com base em padrões éticos e de sentir responsabilidade pelas consequências morais de nossos atos.
É a faculdade que nos permite discernir o bem do mal, refletir sobre nossas escolhas e tomar decisões éticas. A consciência moral está intimamente ligada à nossa noção de dever, responsabilidade e virtude, influenciando nossos comportamentos e interações com os outros.
Além disso, a consciência moral pode gerar sentimentos como remorso, culpa ou satisfação, dependendo da avaliação que fazemos de nossas ações em relação aos nossos valores morais.
Os animais não humanos seguem as leis da natureza e seus instintos, alcançando seu destino e finalidade por meio dessa obediência. Em contraste, o ser humano carece de uma base comum que o oriente em determinadas tarefas e o impulsione a um modo específico de ser e se comportar. Seu desenvolvimento e progresso devem ser alcançados por meio de um processo de aprendizagem.
Portanto, o ser humano deve controlar seus impulsos emocionais e instintivos, provenientes de sua natureza animal, por meio da consciência moral.
A consciência é o estado de alerta que nos permite perceber o mundo interno e externo, fazer julgamentos de valor e agir de forma mentalmente saudável. A consciência moral é a capacidade inata do ser humano de distinguir entre o bem e o mal, apreciar suas ações e adotar uma forma determinada de comportamento.
Todos os seres humanos, de todos os povos, possuem essa consciência moral que os elogia ou os acusa. Ela é o sentimento do que se passa connosco, o testemunho ou julgamento secreto da alma que aprova as ações boas ou rejeita as más.
Portanto, pode ser definida como o estado do sujeito quando está atento ao valor moral de suas ações, julgando-as como boas ou más.
Por sua natureza, a consciência moral é a voz interior que anuncia um dever ou uma obrigação (não devo roubar, nem devo desrespeitar os outros); é o sentimento que antecede, acompanha ou sucede nossas deliberações, decisões e ações.
Manifesta-se como um sentimento de satisfação e aplauso (quando uma ação é praticada conforme as normas morais) ou como remorso, culpa, censura e vergonha (quando a ação é reprovada); é o juízo interior que considera ou aprova nossos atos.
Portanto, a consciência moral é a capacidade que o sujeito tem de avaliar os princípios básicos de suas ações, uma atitude valorativa que se manifesta na aplicação das normas morais.
Os filósofos antigos viam a consciência moral como algo inato, pertencente ao próprio ser humano. Já os filósofos modernos e contemporâneos defendem a ideia de que a consciência moral é adquirida pelo ser humano na sociedade, por meio da socialização.
Segundo eles, trata-se de um processo de aprendizagem que pode ocorrer na família, no grupo social, na escola, entre outros.
A formação e o desenvolvimento da consciência moral são temas de grande importância que têm recebido atenção especial dos filósofos modernos, destacando-se os estudos de Jean Piaget (1896-1980) e Lawrence Kohlberg (1927-1987). Piaget concluiu que a moralidade se desenvolve à medida que a inteligência humana evolui, seguindo um processo delineado por várias etapas fundamentais.
O conceito de desenvolvimento moral deriva da compreensão dos costumes e convenções de uma determinada comunidade, originado do termo latino “mos”, que se refere aos hábitos e normas éticas e religiosas.
A moral é vista como a prática alinhada aos costumes de uma comunidade ética ou religiosa. Foi descrita de várias maneiras, como a ciência do governo da vida, do dever, do bem e do destino humano.
Para governar a vida de acordo com o bem e evitar o mal, é necessário conhecer o dever e o moral a ser seguido. O bem supremo, sugerido como o fim último do ser humano, é o objetivo ao qual todas as outras coisas devem se subordinar para alcançar a felicidade plena.
A moral é considerada a ciência das leis ideais que guiam as ações humanas e a arte de aplicá-las corretamente às diferentes situações da vida. Ela abrange todos os nossos atos, orientando-nos em direção ao bem, que é o ideal a ser buscado.
Os fundamentos da ética são sociais e históricos, pois apenas o ser social age eticamente, sendo capaz de agir com consciência, liberdade e responsabilidade. A moral é construída a partir de valores e normas culturais, que são internalizados como deveres e regras de conduta.
As normas morais são orientadas por princípios e valores socialmente legitimados, visando o bem da comunidade. Elas permitem a valoração das ações como boas ou más, justas ou injustas, corretas ou incorretas.
A moral e os valores são produtos da cultura e das relações sociais, representando costumes objetivos que são aceitos como deveres pela coletividade. A moralidade implica a conscientização e aceitação desses deveres por parte dos indivíduos, criando uma ligação entre os deveres sociais e a consciência moral.
A moralidade é a prática dos indivíduos em sua singularidade, enquanto a ética é a reflexão teórica e a ação livre voltada para o humano. O desenvolvimento moral refere-se ao processo pelo qual a criança aprende a discernir entre o certo e o errado, estabelecendo a base para o princípio da justiça.
De acordo com os estudos de Piaget, o desenvolvimento da moralidade está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento da inteligência humana, seguindo um processo delineado por várias etapas fundamentais.
Entre os 2 e os 6 anos: Nesta fase inicial, as crianças encontram-se na moral de obrigações e/ou Heteronomia, onde vivem numa atitude unilateral de respeito absoluto para com os mais velhos, e as normas são totalmente exteriores a elas.
Entre os 7 e os 11 anos: Na segunda etapa, os adolescentes encontram a moral da solidariedade entre iguais. Neste estágio, o respeito unilateral é substituído pelo respeito mútuo, e começa a desenvolver-se a noção de igualdade entre todos, com as normas de conduta humana sendo aplicadas de forma mais rigorosa.
A partir dos 12 anos: Na terceira etapa, que ocorre a partir dos 12 anos, surge a moral de Equidade ou Autonomia. Aqui, aparece o altruísmo, o interesse pelo bem-estar do outro e a compaixão, e a moral torna-se autónoma. Neste estágio, a observância pelas normas que permitem a convivência social entre os seres humanos assume um caráter pessoal.
De acordo com Lawrence Kohlberg, a consciência moral se desenvolve em um processo de crescimento que passa por fases de aprendizagem social. Ele propôs três estágios de desenvolvimento moral, todos baseados na ideia de que cada indivíduo tem uma ética própria.
Nível Pré-convencional: Neste estágio, as pessoas agem de acordo com o medo de punição se não cumprirem as normas, ou esperam uma recompensa pelo seu cumprimento.
Nível Convencional: No segundo estágio, as pessoas consideram importante desempenhar seu papel em uma sociedade moralmente organizada. Aqui, a ênfase está na conformidade com as normas sociais estabelecidas.
Nível Pós-convencional: No último estágio, as pessoas se preocupam em agir de acordo com um juízo autônomo e com o estabelecimento de critérios morais universais. Neste estágio, a moralidade é baseada em princípios éticos mais abrangentes e não apenas em normas sociais externas.
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