A formação das cidades é resultado da especialização das atividades do meio rural. Em cada período histórico, uma nova geração de cidades surge para dominar o espaço rural circundante
A formação das cidades é resultado da especialização das atividades do meio rural. Em cada período histórico, uma nova geração de cidades surge para dominar o espaço rural circundante
Na antiguidade, as cidades representavam a expressão da cultura e evolução humana, refletindo o passado e presente da sociedade. Surgindo da transição do nomadismo para a sedentarização e vida em comunidade, as cidades se desenvolveram com a especialização e divisão do trabalho.
Ao concluir esta lição, os objetivos incluem:
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ToggleAs primeiras cidades surgiram durante a revolução agrícola do Neolítico, marcando a transição do nomadismo para a sedentarização. Inicialmente, aglomerações de choupanas e cabanas representavam os primeiros assentamentos permanentes. Com o excedente agrícola, esses aglomerados rapidamente se transformaram, evoluindo de aldeias a mercados em crescimento.
De acordo com Leite (1989), a transição para a sociedade urbana teve início durante a revolução agrícola do Neolítico, marcada pela mudança do nomadismo para o sedentarismo. Os primeiros assentamentos permanentes consistiam em aglomerações de choupanas e cabanas, que rapidamente se desenvolveram devido ao excedente agrícola. À medida que as aldeias se tornavam mercados, algumas evoluíram para cidades com o desenvolvimento do artesanato.
A cidade mais antiga do mundo, Jericó, na Palestina, apresentava casas feitas de tijolos manufaturados à mão. A revolução urbana teve início na Palestina, Mesopotâmia e Vale do Rio Nilo, estendendo-se para o Ocidente e Oriente até o Vale do Indo.
A cidade surgiu como resultado da especialização das atividades rurais, com cada época histórica testemunhando uma geração de cidades que dominava o espaço rural vizinho. A vida urbana gradualmente se consolidou no Mediterrâneo Oriental.
No século VI a.C., Babilônia já era uma grande cidade com cerca de 80.000 habitantes. As cidades costeiras fenícias, como Biblos, Sidon e Tiro, prosperaram como centros comerciais, conectando-se à cidade de Mesopotâmia.
No vale do rio Indo, cerca de 3000 anos a.C., florescia a cidade de Mohenjo-Daro. No Mediterrâneo Oriental, no terceiro milênio a.C., destacavam-se cidades como Knossos (em Creta), Troia (na Ásia Menor) e Micenas (na Grécia Continental).
No século V a.C., Atenas alcançava entre 100.000 e 150.000 habitantes, e essa cidade-estado introduziu novos elementos como edifícios públicos, comerciais e político-administrativos. Com a decadência da Grécia, o Império Romano emergiu, construindo cidades de forma descontínua e sem ordem.
A influência de Roma estendeu-se pela Europa, promovendo a urbanização. Fundaram-se cidades na Gália, no Vale do Reno, na Inglaterra e na península Ibérica, impulsionando o comércio de produtos artesanais e agrícolas.
Durante o período romano, a cidade de Roma atingiu seu auge no século II d.C., abrigando mais de 1 milhão de habitantes e sendo considerada como o primeiro exemplo de “caos urbano”. No entanto, a partir do século V, a vida urbana entrou em decadência com o declínio do Império Romano.
A localização geográfica desempenhou um papel importante na história das cidades, com algumas delas surgindo devido à proximidade com meios de transporte, como ferrovias, estradas, portos e aeroportos.
Além disso, a proteção contra potenciais conflitos era outro fator considerado no surgimento das cidades, levando à construção de muralhas ao redor de muitas delas, algumas localizadas em áreas de difícil acesso.
Durante a pré-história, os seres humanos eram principalmente nômades, buscando água e alimentos em diferentes regiões. Entre 13.000 e 10.000 anos atrás, várias civilizações começaram a dominar a agricultura e a pecuária, estabelecendo-se permanentemente em regiões ao redor de rios e lagos para facilitar a irrigação. A maioria dos habitantes dessas vilas neolíticas trabalhava na agricultura e na criação de animais, com uma organização social simples e decisões tomadas em conjunto pela pequena população, geralmente não ultrapassando mil pessoas.
Entre 8000 a.C. e 3500 a.C., algumas dessas vilas prosperaram, evoluindo para pequenas áreas urbanas com alguns milhares de habitantes.
Na antiguidade, a maioria das cidades não ultrapassava 10 mil habitantes e ocupava menos de 1 km². No entanto, algumas cidades eram exceções em termos de tamanho populacional e territorial. Por exemplo, Atenas atingiu seu auge com uma população estimada entre 200 e 300 mil habitantes, concentrados em 10 km².
Já Roma, durante o apogeu do Império Romano nos séculos I e II, abrigava mais de 1 milhão de habitantes, sendo considerada uma das primeiras e únicas cidades a superar um milhão de habitantes até o início da Revolução Industrial.
O crescimento populacional nessas cidades antigas começou a gerar problemas significativos em relação ao saneamento básico. A coleta de lixo nas ruas era praticamente inexistente na maioria delas, resultando em doenças comuns e altas taxas de mortalidade. Esses problemas eram agravados por inundações causadas pelas chuvas.
As cidades romanas se destacaram por suas ruas pavimentadas e sistemas avançados de saneamento, que não foram superados em escala e tecnologia até o século XIX.
À medida que as antigas vilas rurais cresciam e se transformavam em cidades, a necessidade de uma maior organização se tornava evidente. Nesse contexto, sistemas governamentais foram estabelecidos para gerenciar as cidades. Esses sistemas eram responsáveis por uma série de serviços essenciais, como a construção de estruturas como muralhas, templos e centros de entretenimento populares, além da organização do comércio, criação de leis e defesa da cidade contra possíveis ataques inimigos.
Geralmente, as cidades eram governadas por cidadãos da elite, que atuavam em nome do imperador ou autoridade central à qual a cidade pertencia. Os administradores das cidades passaram a cobrar impostos para financiar as atividades administrativas e serviços públicos.
No que diz respeito à economia, inicialmente, as vilas neolíticas e pequenas cidades dependiam principalmente da agricultura como fonte de subsistência.
Com o surgimento de novos e melhores métodos de cultivo e domesticação de animais, mais pessoas deixaram de trabalhar exclusivamente na agricultura e passaram a se dedicar a outras atividades econômicas, como o artesanato e o comércio. Esse desenvolvimento econômico diversificado contribuiu para o crescimento e a prosperidade das cidades antigas.
A transição da sociedade nômade para a sedentária teve início com a revolução agrícola do Neolítico, que possibilitou o surgimento de excedentes agrícolas. Os aglomerados humanos se desenvolveram rapidamente, impulsionados por essa abundância de alimentos. Inicialmente, as aldeias se transformaram em mercados e, à medida que progrediam, algumas evoluíam para cidades com o desenvolvimento do artesanato.
Considera-se que a cidade mais antiga do mundo seja Jericó, localizada na Palestina. A revolução urbana se propagou a partir da Palestina, Mesopotâmia e Vale do Rio Nilo, região conhecida como Crescente Fértil. Essa civilização urbana se expandiu tanto para o Oeste quanto para o Leste, alcançando o Vale do Indo.
A formação das cidades é resultado da especialização das atividades do meio rural. Em cada período histórico, uma nova geração de cidades surge para dominar o espaço rural circundante, refletindo a evolução e as necessidades da sociedade em constante transformação.
UCM. (s.d.). Manual de Curso de licenciatura em Ensino de GEOGRAFIA – 4o ano – Geografia do Urbanismo. (G0154). Centro de Ensino à Distância.
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