As funções da linguagem são: Função Expressiva ou Emotiva; Poética; Referencial ou Informativa; apelativa; Fática; e Metalinguística
As funções da linguagem são: Função Expressiva ou Emotiva; Poética; Referencial ou Informativa; apelativa; Fática; e Metalinguística
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ToggleAs funções da linguagem desempenham papéis distintos na comunicação, refletindo diferentes objetivos e abordagens do emissor. A função expressiva ou emotiva concentra-se nas emoções e opiniões do falante, enquanto a função poética busca criar impacto estético e emocional por meio de recursos linguísticos.
A função referencial privilegia a transmissão objetiva de informações, enquanto a função fática destaca o canal de comunicação. A função metalinguística envolve reflexão sobre a própria linguagem, enquanto a função apelativa busca influenciar ou chamar a atenção do receptor.
Essas funções são evidenciadas em uma variedade de contextos, desde poesia e textos publicitários até diálogos informais e discursos políticos, demonstrando a versatilidade e a complexidade da linguagem humana.
As funções da linguagem são:
A função emotiva ou expressiva da linguagem se destaca quando a mensagem é centrada nas opiniões, sentimentos e emoções do emissor. Nesse caso, o texto se torna completamente subjetivo e pessoal, refletindo o estado emocional do locutor.
A ênfase no emissor é evidenciada pelo uso da primeira pessoa do singular nas formas verbais e pronomes, bem como pela presença de interjeições, pontuação com reticências e pontos de exclamação.
Textos que exemplificam essa função incluem obras líricas, autobiografias, memórias, poesia lírica e cartas de amor, onde as emoções e a subjetividade do autor são expressas de forma intensa e pessoal.
Um exemplo prático dessa função é a frase “Pelo amor de Deus, preciso encontrar algo, nem que sejam cinco meticais!”, onde a urgência e a emoção do locutor são claramente transmitidas através das palavras utilizadas.
A função informativa, referencial ou denotativa da linguagem está relacionada ao objeto ou situação sobre o qual a mensagem trata, sendo o referente o foco principal. Nesse caso, a função referencial busca transmitir informações objetivas e factuais sobre o referente, centrando-se no contexto da mensagem.
Um exemplo prático dessa função é a seguinte frase: “Nos vertebrados, esta resposta inclui uma série de alterações bioquímicas, fisiológicas e imunológicas coletivamente denominadas inflamação”, que descreve de forma precisa e objetiva as alterações que ocorrem nos vertebrados em resposta a um estímulo, no caso, a inflamação.
Essa descrição direta e informativa exemplifica bem a função referencial da linguagem, que busca transmitir conhecimento de forma clara e objetiva.
A função apelativa, conativa ou injuntiva da linguagem é direcionada para o leitor, apresentando um tom imperativo e sendo frequentemente encontrada em propagandas.
Nesse tipo de função, a mensagem é focada no receptor e é organizada de forma a influenciá-lo, chamar sua atenção e levá-lo a agir. O contexto se torna a parte mais importante da mensagem, visando persuadir o interlocutor a realizar uma ação específica.
Normalmente, são utilizadas a segunda pessoa do discurso (tu/você; vós/vocês), vocativos e formas verbais ou expressões no imperativo para reforçar a persuasão. Por ser a função mais persuasiva, é comum encontrá-la em textos publicitários, discursos políticos, horóscopos e textos de autoajuda.
Como a mensagem se concentra no outro, ou seja, no interlocutor, são utilizados argumentos que fazem parte do universo do receptor.
Um exemplo claro dessa função é a frase “Beba Coca-Cola” ou “Venha à caixa Senhor, venha!”, onde a intenção é influenciar o leitor a tomar uma ação específica, como consumir um produto ou realizar uma compra. Essa abordagem direta e persuasiva é característica da função apelativa da linguagem, que busca provocar uma resposta imediata no receptor.
A função fática da linguagem destaca o canal de comunicação, ou seja, o meio pelo qual a mensagem é transmitida. Essa função ocorre quando o emissor tem a intenção de testar ou confirmar a eficácia do canal de comunicação. Em essência, a função fática é relacionada ao estabelecimento e manutenção do contato entre os interlocutores, sendo fundamental para garantir a fluidez da comunicação.
Um exemplo comum dessa função é o diálogo, onde expressões como “Alô?!”, “Entenderam?”, ou “Quem fala…?” são utilizadas para verificar se a comunicação está sendo estabelecida de forma adequada. Essas expressões têm o propósito de confirmar a conexão entre os participantes da comunicação e garantir que a mensagem esteja sendo recebida e compreendida corretamente.
Portanto, a função fática da linguagem se concentra na manutenção do canal de comunicação e na verificação da sua eficácia, contribuindo para a interação bem-sucedida entre os interlocutores.
A função poética da linguagem se concentra na própria mensagem, explorando elementos como a estrutura, a tonalidade, o ritmo e a sonoridade para criar um impacto estético e emocional no leitor. Essa função busca ir além do simples conteúdo informativo, buscando despertar no receptor o prazer estético e a surpresa por meio da linguagem utilizada.
Um exemplo clássico dessa função é o verso de Luís de Camões: “Aquela cativa que me tem cativo”, que além de transmitir um significado, também encerra em si uma musicalidade, uma cadência e uma beleza sonora que vão além do sentido literal das palavras. Esse tipo de construção linguística é comum na poesia, onde a forma como as palavras são arranjadas e combinadas é essencial para transmitir emoções e sensações.
A função poética da linguagem não se restringe apenas à poesia, sendo também explorada em textos publicitários, por exemplo, onde a escolha das palavras, a sonoridade das frases e a estrutura do texto são utilizadas para criar impacto emocional e estético no público-alvo, buscando despertar interesse e envolvimento.
Em resumo, a função poética da linguagem visa criar uma experiência estética e emocional por meio da linguagem, utilizando recursos como ritmo, sonoridade e estrutura para cativar e surpreender o leitor.
A função metalinguística da linguagem está relacionada à reflexão e análise do próprio código linguístico utilizado na comunicação. Essa função ocorre quando a linguagem fala sobre a própria linguagem, descrevendo o ato de falar ou escrever, ou seja, quando o foco da mensagem é a própria estrutura e forma como a mensagem é construída.
Um exemplo comum da função metalinguística são programas de TV que discutem sobre a própria televisão ou sobre os meios de comunicação, ou peças de teatro que abordam o próprio teatro. Nesses casos, a linguagem utilizada se volta para analisar e refletir sobre o próprio meio de comunicação ou arte em questão.
No poema de Carlos Drummond de Andrade citado como exemplo, o autor reflete sobre o ato de escrever poemas, abordando a complexidade e desafios da criação literária. Ao descrever a luta com as palavras e a tentativa de capturá-las para dar vida a um poema, Drummond está utilizando a função metalinguística ao fazer com que a própria linguagem seja o tema central do poema.
Em resumo, a função metalinguística da linguagem envolve a reflexão e análise do próprio código linguístico, utilizando a linguagem para falar sobre a linguagem, o que pode resultar em uma abordagem reflexiva e autorreferencial.
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