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Princípios da razão: Identidade, não contradição e terceiro excluído

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O que são Princípios da razão?

Os princípios da razão são fundamentos e garantia da possibilidade da coerência do pensamento. Sua importância é tão significativa que sem eles não poderíamos pensar nem formular qualquer verdade.

Quando pensamos, por exemplo, em um chocolate ou em um pão, pressupomos o princípio de identidade, pois ao pensarmos ou falarmos sobre o pão e o chocolate, pressupomos que pão é pão e chocolate é chocolate, e não outra coisa que não seja pão ou chocolate.

Os princípios da razão, que são em número de três, foram enunciados por Aristóteles na lógica clássica em termos de coisas e são modernamente enunciados em termos de proposições.

Uma proposição é a expressão verbal do juízo, ou seja, é uma frase declarativa pela qual se expressam juízos e sobre a qual se pode afirmar a falsidade ou verdade (exemplos: “Todos os homens são seres vivos”; “Os lógicos são Africanos”; etc.). Para facilitar a compreensão, vamos enunciá-los seguindo as duas formas.

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Princípio de identidade

Em relação a coisas:

  • Uma coisa é o que é.
  • O que é, é; o que não é, não é.
  • “A é A” (neste caso, o “A” designa qualquer objeto do nosso pensamento).

Em termos de proposições:

  • Uma proposição é equivalente a si mesma.
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Princípio da não contradição e a negação das proposições

Em termos de coisas:

  • Uma coisa não pode ser e não ser simultaneamente, segundo uma mesma perspectiva.

Em termos de proposições:

  • Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo, segundo uma mesma perspectiva.
  • Uma proposição e sua negação não podem ser simultaneamente verdadeiras.
  • Duas proposições contraditórias não podem ser simultaneamente verdadeiras.
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Princípio do terceiro excluído (ou do meio excluído) e a negação dos conceitos

Em termos de coisas:

  • Uma coisa deve ser, ou então não ser; não há uma terceira possibilidade (o terceiro excluído).

Em termos de proposições:

  • Uma proposição é verdadeira, ou então é falsa; não há outra possibilidade.
  • Se considerarmos uma proposição e sua negação, uma é verdadeira e a outra é falsa; não há uma terceira possibilidade.
  • De duas proposições contraditórias, se uma é verdadeira, a outra é falsa, e se uma é falsa, a outra é verdadeira; não há uma terceira possibilidade.
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Princípios da razão na Lógica Bivalente

Entretanto, em uma lógica bivalente em que todo juízo é necessariamente verdadeiro ou falso, esses três princípios se fundem em um só, podendo ser enunciados da seguinte maneira:

  • Duas proposições contraditórias que são a negação uma da outra não podem ser ambas verdadeiras nem ambas falsas; se uma é verdadeira, a outra é falsa e se uma é falsa, reciprocamente a outra é verdadeira.

Princípio da razão suficiente: “tudo quanto existe tem razão suficiente em si mesmo ou em outro considerado sua causa”.

Princípio da causalidade: todo o efeito pressupõe uma causa; o que vem a ser exige uma razão explicativa.

Princípio de substancialidade: “tudo o que é acidental pressupõe a substância”; o que muda, pressupõe algo permanente.

Princípio da finalidade: “todo agente age para um fim; o fim é a primeira causa na intenção e a última na realização”.

Princípio do determinismo: há uma ordem natural das coisas, tal que, as mesmas causas, postas nas mesmas circunstâncias, produzem os mesmos efeitos.

Princípio da inteligibilidade: “o ser é inteligível; a ordem do ser é a ordem do pensamento”.

Princípio da realidade: “o mundo exterior existe”.

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