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Filo Briófitas ou Bryophyta

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Filo Briófitas

Neste artigo vamos estudar plantas terrestres, de uma forma geral, pois a água constitui a primeira zona vital para os seres vivos.

Da água, os seres vivos passaram para a terra e em seguida para o ar.

A terra tinha imensa riqueza a oferecer as plantas: luz imensa de crepúsculo a crepúsculo, não filtrada por água turburenta; os gases, dióxido de carbono e oxigénio, eram abundantes e circulavam muito mais livremente que na água; o espaço desocupado era também abundante.

Qualquer organismo aquático tem acesso imediato a água, mas para os organismos terrestres a principal fonte de água está abaixo da superficie do solo e as vezes, a vários metros de profundidade.

As plantas terrestres actuais estão classificadas em três filos ou divisões: Bryophyta, Pteridophyta e Spermatophyta. Estes filos pertencem ao grande Subreino de vegetais chamado Embryobionta ou Cormobionta ou Trachaeophyta.

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Características Gerais do Filo Briófitas ou Bryophyta

As Briófitas não possuem qualquer tecido rígido de sustentação ou tecido de suporte, não podendo por isso, atingir grandes dimensões.

As espécies maiores não ultrapassam, em regra, 30 centímetros, acima do solo.

Não possuem sistema vascular ou seja um sistema especializado de vasos condutores para o transporte de água e outros produtos ao longo do corpo da planta.

Vivendo em lugares húmidos e por vezes encharcados, absorvem a água diretamente do ar e por toda a sua superfície, a qual, por difusão atingem todas as células.

Algumas Briófitas como as espécies que pertencem ao Género Sphagnum, são capazes de absorver e reter grande quantidade de água, de tal modo que, mesmo em terra seca, mantêm existência aquática.

Os gâmetas masculinos, anterozoides, são dopados de mobilidade, tendo de nadar na água para atingirem os gâmetas femininos, oosferas.

Sendo assim, as Briófitas não desenvolveram características estruturais necessárias para poderem viver em ambientes terrestres relativamente secos.

No entanto, assemelham-se mais as plantas terrestres do que às Algas.

Fazem parte deste Filo cerca de 24.000 espécies.

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Classificação do Filo Briófitas ou Bryophyta

As Briófitas dividem-se em três classes: Anthocerotopsida, Marchantiopsida ou Hepaticae e Bryopsida ou Musci.

b)   Classe Anthocerotopsida ou Anthocerotae

Do grego: anthos=flor e keras=chifres, significa que as espécies desta classe apresentam flores em forma de chifres.

Esta classe difere-se de outras por apresentar um gametófito taloso e com estomas; os cloroplastos são uniformes; o esporófito contém pedúnculo e cresce num meristema intercalar e possue columelas que servem para abastecer água e sais minerais aos esporos.

No processo da reprodução sexuada, os gametófitos são semelhantes aos das hepáticas, mas os esporófitos vivem mais tempo e são doptados de crescimento continuo.

Pertencem a esta classe as espécies do Género Anthoceros que crescem em ambientes pobres de calcário.

Esta classe é constituida por 100 espécies.

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b)   Classe Anthocerotopsida ou Anthocerotae

b) Classe Marchantiopsida ou Hepaticopsida ou Hepaticae

Do Grego: hepaticos = semelhante a figados, significa que as espécies desta classe são semelhantes a figados.

As hepáticas possuem gametófitos achatados, frequentemente massas simples ou ramificadas de tecidos clorofilados, algumas vezes com estruturas semelhantes a folhas.

Possuem corpo coriáceo, delgado, estendendo-se horizontalmente sobre o meio que as suporta: águas paradas ou solo húmido. São na sua maioria pequenas, podendo passar despercebidas a um observador pouco atento.

É nesta classe onde encontramos a Ordem Marchantiales. As espécies desta ordem possuem talos altamente diferenciados e os gametófitos altamente desenvolvidos.

Pertece a esta   ordem   a   espécie   vulgarmente   conhecida por

Marchantia polymorpha.

Esta classe e constituida por 10.000 especies.

c) Classe Musci ou Bryopsida

Do latim: muscus = musgo

Os musgos possuem gametófitos que se desenvolvem a partir de massas de filamentos verdes semelhantes a algas. Geralmente são erectos, com estruturas semelhantes a folhas dispostas em simetria radial ao redor de uma haste central.

Apresentam o corpo mais diferenciado e as plantas individuais crescem como ramos a partir de uma rede de filamentos horizontais e subterrâneos que constituem o protonema.

A região erecta ou caulóide ligam-se estruturas semelhantes a folhas, os filóides, que carecem dos tecidos especializados das folhas das plantas vasculares, consistindo apenas numa ou num pequeno número de camadas de células.

É nesta   classe   onde   encontramos   a   Subclasse   Sphagnidae

representada por Sphagnum spec.

Esta classe é constituída por 14.000 espécies.

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Reprodução das Briófitas

O processo reprodutivo das Briófitas decorre com alternância de gerações, sendo a geração gametófita muito mais desenvolvida que a esporófita.

A funária (Funaria hygrometrica), por exemplo, é um musgo muito vulgar que pertece ao Filo Briófitas, que geralmente nao ultrapassam dois centimetros de altura, constituindo tufos muito compactos que se encontram em lugares húmidos e sombrios.

A planta está diferenciada em rizóides, caulóide e filideos ou filóides.

a) Reprodução assexuada

A Funária quando se desenvolve em condições favoráveis, pode multiplicar-se por fragmentação vegetativa, dando cada um dos fragmentos origem a uma nova funária.

b) Reprodução sexuada

A Funária é um musgo monóico e em determinadas épocas do ano, os filidios do ramo mais curto dispõem-se em roseta.

Na parte central desta roseta nota se uma formação avermelhada constituída por uns conceptáculos globosos, que são gametângios masculinos ou anterídios, rodeados por pêlos estéreis de cor verde, paráfises.

No ramo mais alto, encontram-se conceptáculos pluricelulares que são gametângios femininos ou arquegónios, também rodeados de paráfises.

No arquegónio, distinguimos uma porção relativamente estreita, colo, atravessada por um canal cheio de uma substância mucilaginosa.

Nos   anterideos    formam-se    gâmetas    masculinos    haplóides, anterozóides, providos de dois flagelos.

No ventre do arquegónio encontra-se o gâmeta feminino, haplóide, oosfera, bastante volumosa.

Quando os anterideos atingem a maturação e as condições do meio são favoráveis, abrem-se na parte superior e libertam os anterozóides, que se deslocam por intermédio dos flagelos, na água da chuva ou do orvalho que rodeia a planta e, atraidos por quimiotactismo, penetram no colo do arquegónio.

Um anterozóide fecunda a oosfera, formando-se uma célula diplóide, o ovo ou zigoto. Este segmenta-se no ventre do arquegónio formando um embrião, comprido e alongado, cuja parte inferior se liga a planta folhada por um pé ou sugadoiro.

O embrião desenvolve-se, rebenta o arquegónio, arrasta a parte superior deste, que lhe servirá de coifa, e origina o esporogónio. Este na sua fase de maior diferenciação, é constituído pelo pé ou sugadoiro através do qual absorve os alimentos parasitando a planta folhada, pela seda ou pedicelo e pela cápsula. Esta é globosa, fechada por um opérculo e recoberta pela coifa.

A medida que a cápsula se desenvolve formam-se no seu interior células-mães dos esporos ou esporângios, que, por meiose, originam esporos haplóides endogénicos, morfologicamente iguais, pelo que a planta é isospórica.

Quando a cápsula está madura, caem a coifa e o opérculo, abrindo-se a cápsula por um perístomo, permitindo assim, a saída de esporos. Estes, caindo sobre terreno húmido, germinam e originam um filamento verde, fino e mais ou menos ramificado- o protonema, onde se formam pequenos botões, que originam novas funárias.

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Ciclo de vida da funária

As plantas do Género Funaria apresentam alternância de fases nucleares, estando a diplófase representada pelo zigoto, esporogónio e célula-mãe dos esporos; as restantes entidades são haplóides. A meiose é espórica-ser haplodiplonte.

A alternância de gerações é bem definida com:

Uma geração gametófita, cuja entidade mais desenvolvida é a planta produtora de gâmetas;

Uma geração esporófita, cuja entidade mais desenvolvida é o esporogónio produtor de esporos.

O gametófito é independente e desenvolvido, adaptando-se perfeitamente ao meio, de onde absorve água e sais minerais e o esporófito é parasita do gametófito.

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Exercícios sobre Filo Briófitas ou Bryophyta

1. Porque as Briófitas não atingem grandes dimensões?

2. Calcule o número de cromossomas dos gametângios, gâmetas e zigoto, sabendo que o protonema tem 10 cromossomas.

3. Relativamente ao ciclo de vida das Briófitas, caracterize: 1º A relação trófica entre o gametófito e o esporófito;

2º A fase nuclear predominante.

4. Faça a sistemática da funária, considerando as seguintes categorias taxonómicas: Reino, Sub-reino, Filo, Subfilo, Classe, Subclasse, Ordem, Subordem, Família, Género e Espécie.

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